sexta-feira, 26 de junho de 2009

Capitulo 8 - A fuga

O dia chega, e com ele o tédio, eu estava preso naquele quarto de hospital, e só me restava assistir televisão...

A porta do quarto se abre e entra uma enfermeira.

- Vim medir sua pressão e dar medicamentos – Disse ela

- Ótimo! Adoro ficar dopado e não raciocinar direito! – digo com muito sarcasmo

- Pelo menos você vai voltar para casa, recuperado – Rebate ela

- E com metade do cérebro sem funcionar! – E para piorar estou discutindo com uma enfermeira, isso não me deixa numa situação favorável.

Ela começa tirar meu sangue e coloca o soro para eu tomar.

Ela sai sem pronunciar uma palavra sequer, aposto que ela ficou com raiva de mim...

Não dormi depois do pesadelo e me sinto muito mal, a falta de uma boa noite de sono me deixou estressado, e fico com raiva de tudo quando estou estressado...

Pouco depois da enfermeira ir embora, Chega a Dra. Gabriela com uma cara feliz, ao contrario de mim, ela deve ter dormido bastante. Mas tudo bem, ver ela alegre também me alegra... eu não sei bem o porque, mas eu gostei dela, de verdade....

- Bom dia Sr. Santos – Mas que droga, eu já falei para ela não me chamar assim, mas...

- Bom dia Sra. Burke! – ela também não gosta de seu sobrenome, estamos todos juntos no mesmo barco não?

- Ah! Para de me chamar assim, é Sra. Gabriela Burke para você! – disse com uma voz engraçada, e com as bochechas rosadas...

- E então gabi, você veio me dar alta?

- Você sabe que não Matt, você quase morreu!

- Na verdade eu morri, mas voltei porque precisava te conhecer...

- Que fofo, mas isso não vai te ajudar a ter alta!

- Pelo menos eu tentei né?

- Há há, pelo menos tentou.

- Mas , como é que eu estou doutora? – melhor começar a agir corretamente, não agüento mais ficar confinado

- Você na verdade esta muito bem, talvez daqui a alguns dias você receberá alta!

- Dra, você esta me obrigando a fugir daqui

- Então faça isso Matt, porque por mim você já estaria fora daqui, já esta em perfeito estado. – ela diz isso saindo do quarto, me deixando sozinho novamente, e o que disse me inspirou, eu vou fugir... Esta noite!

O dia passou, e eu atormentado por estar preso aquele hospital. Precisava sair dali.

Todos foram dormir. Esta era minha chance. Pego um pedaço de algodão do meu lado, tiro a agulha do soro que estava em minha veia e tampo meu braço com o algodão, arranco um pedaço da minha roupa e amarro no algodão.

Eu estava no segundo andar, precisava de uma forma de descer para o chão delicadamente, então amarrei o lençol que me cobria com o lençol da cama e com a cortina, amarrei a corda improvisada na maçaneta da porta e joguei a outra ponta para fora da janela, que estava do lado oposto do quarto.

Penso melhor e puxo tudo, dou uma volta por baixo da minha coxa direita e por cima do meu ombro esquerdo, passando pela axila.

Me ponho em cima da janela e me jogo, não caio muito, apenas alguns centímetros. Deu certo!

Vou descendo devagar, fazer rapel na adolescência me ajudou muito.

Esta uma noite agradável, a lua cheia ilumina bem o jardim do hospital, isso facilita muito para mim, eu corro com o ar fresco passando sob meu rosto. Atravesso a rua e olho para a placa, já sei onde estou e também sei como chegar em casa, não é muito longe.

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