quinta-feira, 18 de junho de 2009

Capitulo 1 - Ela vive na escuridão, mostre a ela sua luz

- Acorde! Acorde!

- Porra! – Exclamo ao ser arremessado para fora do bar, estou ferido na perna e ainda sangra, maldito homem de sobretudo, enfiou uma faca em mim...

A porta do bar abre mais uma vez, e olho para ver... Droga! É ele de novo, começo a correr descontroladamente

-Acorde! Acorde!

Droga, não é um sonho! Continuo correndo, mas não posso correr por muito tempo, eu não vi sua cara direito, mas, toda vez que olho em sua direção me sinto mais fraco...

-Ah! – ele me acertou novamente, estou sangrando... vejo uma entrada para direita e resolvo entrar, afinal, é o caminho de Deus... ele esta chegando perto, e percebo que não é um homem normal...

-Acorde! Acorde!

- Droga! – exclamo ao perceber que era um beco sem saída, mas tem uma escada, esta um pouco alta, mas consigo alcançar... pulo e impulsiono minha perna contra a parede e agarro a escada do lado contrario, viro para subi-la. Subo por alguns segundos até chegar ao topo, e percebo que é um prédio perto de outro... ele já esta subindo a escada, e parece cada vez menos humano, corro em direção ao outro prédio, tenho que pular, está chegando cada vez mais perto, e eu pulo.

-Porra! – eu grito, eu estou caindo, mas consigo agarrar uma janela, subo nela e entro num quarto muito escuro.

-Acorde! Acorde!

A janela se fecha num baque surdo, não sei o que aconteceu, mas acho que foi o vento, mas não quero ficar aqui para ter certeza.

Ouço passos e procuro algo em meu bolso para iluminar o ambiente, logo encontro meu celular com lanterna... Eu ligo a lanterna para ver melhor o ambiente e ouço um som, um som de passos...

Porra, ele esta no quarto, me apresso em apontar o celular para o barulho.

- Ah! – isso foi a única coisa que consegui gritar, uma mulher, loira com grandes olheiras, grita comigo num tom mais demoníaco, ela parecia irritada, ela me acerta na perna machucada, e eu acerto minha cara no chão... minha cara esta dolorida , tento levantar e ela me atinge novamente, meu celular cai e ilumina seu rosto, que faz uma expressão de dor, agora entendo, levanto e aponto meu celular para o rosto dela... o grito dela fica cada vez mais agudo, o ponto onde a luz se concentra começa a queimar, esta ficando feio e mal cheiroso, até que ela cai, o grito para na hora e só se ouve o eco.

Apresso-me em achar o interruptor de luz, o acendo e vejo o chão ensangüentado, mas o sangue não era dela, haviam outras duas mulheres no chão, devoradas pelo monstro que era a loira, sua boca estava ensangüentada também;melhor sair daqui.

-Acorde! Acorde! (algo em mim dizia que era um sonho, mas era tudo real!)

Ao abrir a porta vejo um corredor largo, com alguns quadros e um tapete fino, uma péssima iluminação dada por lustres antigos e empoeirados. Sigo correndo, com o coração acelerado, sem muito tempo para pensar entro na primeira porta que vejo; a porta da escadaria e a subo, pois não quero me encontrar com aquela coisa de novo, vejo uma placa de quarto andar, e era o ultimo, ando por um corredor longo, passando por varias portas, e chego em um local em forma de “T” do meu lado esquerdo vejo uma única porta, diferente das outras, menos elegante, com aparência mais fria, e à minha direita uma mesa de aparência antiga com um vaso de porcelana portando flores; resolvo ir para a esquerda verificar a porta, abro ela e vejo uma cama desarrumada e suja de sangue, ao lado dela uma mesa de cabeceira e um guarda-roupa do lado da porta. Vou até a mesa e abro sua única gaveta, nela encontro uma magnum 357. Carregada com cinco balas e uma chave, da qual presumo ser do guarda-roupa, pego os dois, e empunhando a arma destranco o guarda-roupa, fico de lado para abrir o guarda roupa (já vi essa cena em vários filmes, sempre da certo.) puxo a porta do guarda-roupa com força e de dentro sai um homem com raiva, e aparentemente sedento por sangue, com seus braços esticados, buscando carne, minha carne.

Estico minha perna e dou um chute com a sola do meu pé nas costas do homem (mas onde diabos eu estou? No inferno?) e atiro com a magnum em sua cabeça, na qual o projétil devastador simplesmente abre um enorme buraco em seu crânio, espalhando seus miolos pelo quarto. Mas o que diabos estava acontecendo ali?

Só tinha uma coisa em mente, sair dali! Me apresso para fora da porta e vou em direção a pequena mesa, viro a esquerda, que é o único caminho, e vejo uma sacada no fim do corredor, e mais nada, nenhum corredor para virar ou nem mesmo portas ou janelas, apenas a sacada, sigo para ela e vejo uma escada de emergência que ia do terraço até a rua, era o que eu precisava! Começo a subir, após poucos segundos alcanço o fim do prédio.

- Não pode ser! – sussurrei muito baixo, foi quase inaudível, aquela coisa estava aqui, mas virada de costas para mim, era minha única chance... pulei em suas costas e tentei enforcá-lo (tinha certeza de que era um homem) mas ele nem ao menos deu sinal de que sentia dor, então empunhei a magnum e com um tiro a queima-roupa destruí seu crânio, estava alegre demais para me dar conta de que estava caindo do prédio, e a única palavra que veio a minha cabeça foi: “NÃO!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário