terça-feira, 23 de junho de 2009

Capitulo 6 – Respondendo perguntas

Naquele momento só pude pensar em estar vivo, embora a vida seja o oposto da felicidade, a morte não me deixou feliz, na verdade, me deixou confuso, e fez eu me sentir com pouca importância, nada daquilo deveria ter acontecido, e, talvez, não tivesse acontecido... é, foi um sonho! Só pode ter sido, sem chance de ter conversado com o Demônio, Deus e São Pedro; eu estava sonhando, a verdade é que eu cai em um sono profundo, e tive parada cardíaca, só isso, nem tão simples, mas simplesmente isso...
- O homem só vê o que lhe cabe, e só acredita no que quer, nada do que você viu foi real, apenas sua imaginação. Você não imaginou nada, apenas viu o que tinha que ver, e, para resolver uma duvida, devemos criar muitas outras, eu digo-lhe que estava no purgatório e me perguntas como, eu digo que foi tua imaginação e me pergunta do porque imaginou isto, as perguntas não te fazem de desentendido, apenas de sábio, mas perguntas tolas geram respostas estúpidas, então cuidado ao perguntar, preste atenção no que lhe foi dito e faça sua pergunta, que tal perguntar agora?
- O que? Quem está ai? – grito, a procura do homem que me falou a frase tão misteriosa. Aparentemente ninguém ouviu meu grito, apesar da sala estar abarrotada de gente... Na verdade, eles nem ao menos se mexeram, como se tudo estivesse parado. E estava! Tento me levantar mas não consigo, talvez ainda esteja me recuperando da parada brusca do meu coração, que ainda doía muito.
- Então esta é tua pergunta? Pois bem, sou Kahn, conselheiro de Inooc, Rei da terra em que você se encontrava, denominada: أمل البنفسج Ou Violetas da esperança, em seu idioma
Tudo volta a se mexer, as pessoas ficam emocionadas e a doutora, meio que encima de mim, começa a chorar, mas, diferente de antes, era de felicidade, e aquele momento passa a ser um passado vazio, sem importância, que ninguém ligava, nem eu, pois de lá só descobri que sei de menos coisa do que acho...

- Que bom que está bem! – diz a doutora, e, tenho uma leve impressão de que ela nem ao menos sabe meu nome
- É, eu to bem, mas estaria melhor se você não estivesse apoiada em meu peito – digo a ela, de uma forma mais rude do que gostaria, mas não tinha problema, já que ela nem me escutou, pois ainda estava em cima do meu peito. E, eu estava mesmo respirando mal...
Um a um, as pessoas foram saindo do quarto, e só ficou a doutora Gabriela, que aparentemente não queria sair do quarto. Talvez ela se sentisse tão sozinha quanto me sinto, mas no momento estou cansado demais para conversar, melhor eu dormir, pois morrer é uma experiência muito cansativa...

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