quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Capitulo 12 – Uma Guerra?

Vejo Gabriela em cima de um corpo, mexendo em seu peito.

Olho para o lado e vejo um outro homem, ao seu lado, com um olhar preocupado, e com a pele muito pálida e suja, com um cabelo afro, embora pareça ser albino. Suas roupas muito velhas, sujas e rasgadas.

Vejo também que Gabriela está usando um vestido vermelho com alguns rasgos.

Vejo outra mulher olhando de longe, com roupas de lã e uma toca, uma ruiva com o rosto ralado e portando armas pesadas.

Em uma rápida olhada pelo ambiente vejo um local totalmente destruído, as vigas expostas e o concreto destruído no chão, a iluminação fraca dava um ar sombrio ao lugar, algumas luzes piscavam.

Vi também um holofote, na frente da mulher ruiva, era isto que me cegava quando cheguei ao local.

- Quem está na mesa gabi? – pergunto em voz baixa

Espero mas não ouço resposta. Tento me aproximar e vejo uma calça igual a minha, mas não posso ser eu na mesa, se estou em pé na frente dela!

Chego mais perto e vejo que realmente sou eu, me assusto e caio para trás.

- O que foi? Você ainda não percebeu que não está em teu corpo? – diz um homem barbudo, que me recordo por Deus.

- O que é que está havendo aqui? Porque tanta destruição? E que coisas eram aquelas correndo atrás das pessoas?! – pergunto desesperadamente e com muito medo da resposta

- Isso, meu querido irmão, é o apocalipse! E tudo isto é tua culpa! Você poderia ter evitado isso se tivesse aceitado tua própria morte! – Diz ele, com certa acusa na voz.

- Culpa... Minha?! Como assim? O que... O que é que eu fiz? – digo tremulo.

- Acalma-te, não te preocupes, apenas estava em busca de alguma diversão, sua morte era para sua proteção, mas não faz mal, isso aqui já estava programado – Diz o homem

Fico sem palavras, apenas fixando o chão, esperando mais alguma palavra do homem, mas, quando olho para o lado, não vejo ninguém. Minha visão escurece, e caio no esquecimento.

Acordo em um lugar quente e confortável, escuro e sem ruídos.

Então um barulho ensurdecedor toma conta do lugar.

E, pouco após, sinto o chão tremer.

Levanto-me num pulo e olho para os lados, com meus olhos tentando se acostumar com o escuro, vou apalpando a parede, em busca de uma porta.

Ouço outro barulho igual. Começo a me desesperar e corro em busca da porta.

Então, do outro lado do lugar, ouço um ruído de porta antiga e uma luz forte toma conta do local.

Olho em sua direção e meus olhos se fecham, sensíveis a luz.

- Rápido Matt! Estão atacando! – diz um homem... como ele sabe meu nome?

- Quem é você?! – grito, afugentado

- Não temos tempo para explicações, temos que correr

Sem delongas, corro em direção a luz.

Saio em um ambiente ventilado, e meus olhos vão se acostumando com a luz.

Vejo um corredor largo, como o de um hospital, porém muito sujo com jornais, sangue e pó, algumas paredes destruídas, marcas de balas e sangue em todos os lugares.

O homem que vejo agora de costas para mim, me guiando, está usando farda, do exercito, ou da marinha, agora não reconheço, mas está armado com uma M16

Continuo seguindo, sem saber meu destino, e vejo um grande pedaço do teto no chão

- cuidado ai – avisa o homem, após passar pelos escombros

- pode deixar – respondo, subindo pelos escombros que eram iluminados tão lindamente pela luz solar

Andando pelos escombros, perco o homem de vista, que aparentemente desceu dos escombros. Sigo-o e desço dos escombros, a tempo de vê-lo abrir uma porta de metal com uma chave.

Entramos em uma sala escura.

Click – ouço um barulho e luzes se acendem, iluminando bem a sala. Um lugar pequeno, com uma maca no centro e armários fechados em volta.

Ele abre um armário e tira uma Glock, e a joga para mim.

- sabe manusear né?- diz o homem.

- Sim eu sei. Não tem mais munição? – pergunto, esperando usar a arma

- aqui está – diz o homem me entregando dois pentes próprios para a arma

- a propósito, qual seu nome? – pergunto, enquanto ele me passa um colete a prova de balas

- Daniel – responde, pegando um para si.

- Mas e então Daniel, o que esta havendo aqui? – pergunto, carregando a arma

- Uns bichos ai, que parecem mais demônios. São verdadeiramente medonhos, mas temos que enfrentá-los praticamente todos os dias – responde Daniel

- Todos os dias? Quanto tempo fiquei apagado? - pergunto

- Mais ou menos uma semana, mas isso aqui já estava rolando a algumas semanas. – responde Daniel, como se fosse algo normal. Já deve ter se habituado

- Você apareceu pouco depois daquela medica em traje chique...

- Você quer dizer Gabriela? –pergunto

- Sim, é esse o nome... Ela tem um corpo... hmm... – diz ele, gemendo e balançando a cabeça direcionada para o teto, de olhos fechados.

Okay, então vamos fazer logo?

Ele consente com a cabeça e seguimos em direção aos escombros, subimos neles e voltamos ao corredor, passando pela porta de que saí.

Continuamos seguindo, e viramos para a direita na primeira “curva” do corredor

Entramos na sala daquele dia, ela estava com uma parede parcialmente destruída, liberando uma passagem para fora.

Passamos por ela e encontramos uma mulher de touca

- Enfim acordou? – Diz a mulher, que perguntou quem eu era, assim que cheguei nesse lugar

- Meu nome é mariana, mas eu dispenso sua apresentação, você só tem que subir as escadas e ficar no topo do muro, tentando evitar essas coisas de chegar perto.

Aceno com a cabeça e subo para cima do alto muro, que cercava o lugar, com um pequeno pátio e um portão grande

Aparentemente era um lugar para seguranças, pois tem um espaço considerável e um pequeno muro de proteção a quedas

Olho para o chão lá de cima e vejo alguns homens correndo em direção ao portão... mas eles estão... multilados?