sábado, 20 de junho de 2009

Capitulo 4 – Uma morte bem sucedida

- Afasta!

- Não esta dando sinal!

- Afasta!

- Droga! O oxigênio!

- Afasta!

- Doutora Gabriela!

Corro para chegar a porta da sala de operação, é uma parada cardíaca, entro na sala e dois cirurgiões me olham, esperando ajuda, coloco a mascara e as luvas, aperto o peito dele com força e uso o desfibrilador dizendo:

- Afasta! – a corrente elétrica atinge o paciente, que não reage.

- Dêem a ela uma injeção de adrenalina, ele tem que sobreviver! – ordeno sem pestanejar, ainda não temos muitos sinais de batimentos cardíacos, ele tem poucas chances, mas não vamos desistir tão facilmente!

- Afasta! – tento novamente com o desfibrilador, mas o paciente não reage, estamos perdendo ele

Bip... Bip..........Bip.....................Bip.................Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...

- Droga! – praguejo, o paciente morreu, eu não consegui ajudá-lo, eu sou uma péssima medica, mais que DROGA!

- Calma doutora, não havia o que fazer, ele não tinha chances, a senhora fez o que pode! – um dos cirurgiões tenta me acalmar.

- Então deveria ter feito o que não podia! Ele não deveria ter morrido! – começo a ficar triste, o stress do trabalho não esta me fazendo bem, mas tenho que continuar...

Todos saem da sala de operação, fico somente eu... Mas, quando estou para sair ouço um sinal, um bip... Ele esta vivo! Corro para por a mascara de oxigênio em seu rosto, ele acordou e está bem! Agradeço a Deus por isso!

- Venham! Ele esta vivo! – grito para os cirurgiões.

Todos se aproximam do paciente, ele realmente esta bem, com ótimos sinais vitais e uma saúde de ferro, eu meço a pressão arterial dele e constato um numero normal, pergunto a ele:

- Você consegue falar?

- Sim – ele responde, com algumas dificuldades mas responde! Ele esta vivo! Mais um paciente que sobreviveu!

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