sábado, 20 de junho de 2009

Capitulo 3 - A ameaça desconhecida

Ótimo, o primeiro cliente entra as 11:36, é um cliente fixo, policial, sempre vem comprar balas para sua MP5, já que não é utilizada normalmente pela policia, ele mesmo que financia, o que é bom para mim, mas ruim para ele

- Bom dia Rodolfo! – digo com entusiasmo

- Bom dia Matt – responde ele, muito menos entusiasmado.

- Aconteceu algo Rodolfo? Está muito desanimado! – pergunto a ele, mesmo sabendo que boa noticia não é, mas talvez eu possa ajudar.

- Matt, to desesperado! Minha MP5 quebrou no meio de um tiroteio! Levei um tiro, se não fosse meu colete, não sobreviveria! – ele realmente parecia desesperado com isso, como se tivesse alguém á espreita, esperando para atacá-lo, seus grandes olhos negros não tinham aquele brilho de felicidade que costumavam ter, sua pele morena estava suada, estava com grandes olheiras, e seus cabelos muito bagunçados, seja lá o que for, é grave, e eu sei q posso ajudar!

- Cara, o que houve? Tem algo muito errado! Da para sentir que você não esta bem! Está escrito em sua testa! – pareço um pouco nervoso ao falar isso. Sinto-me tenso ao vê-lo assim...

-Cara, vem aqui – diz ele sinalizando para irmos para um canto, conversas particulares enquanto estamos sozinhos indica que esta ficando cada vez pior, sinto como se uma aura negra pairasse sobre ele, puxando-o para baixo, deixando ele depressivo

- Mano, arrombaram meu quarto no hotel! Destruíram tudo! E deixaram um aviso, disseram que iam me matar, não sei o porquê, eu estou preocupado, cara, você precisa me ajudar! – Parecia muito mais apavorado, assustado, sua face morena havia ficado muito pálida, seus olhos lacrimejavam e as mãos tremiam muito.

Afastei-me um pouco, o suficiente para notar que ele não estava normal, e ficou evidente quando, em meio a situação ele começou a rir, uma risada infame e doentia, enquanto ria fazia uma expressão indemoniada, sua face utilizava de feições que não eram as suas, ele parecia possuído. Rapidamente empunho minha beretta e coloco na cabeça dele, e sem delongas começo a gritar:

- Seu Demônio! Afaste-se! Ou vai morrer! – é a única coisa que consigo gritar, ele começa a olhar para mim com olhar de desejo, ainda rindo.

Aponto a arma para sua barriga e dou um tiro, não queria nada fatal... Mas ao atirar sinto que estou atirando em um amigo, apesar de saber que ele já não é mais o Rodolfo, algo me dizia isso, nem ao menos parecia ele, quando atirei ele parou imediatamente de rir, me olhou com uma expressão de ódio, ele parecia sedento por sangue, e o sangue que ele queria era o meu...

Ele começou a avançar para cima de mim, um passo de cada vez, eu comecei a me sentir mal, e a andar para trás no mesmo ritmo, tropecei em um pequeno degrau e cai. Tudo estava ficando escuro, e algo o envolvia, vi como se uma fumaça negra o rodeasse, e, apesar do medo de morrer, permaneci firme, apontando a arma para ele... meus olhos ardiam, então pisquei por mais ou menos um segundo, e quando abri os olhos que estava forçando, vi outra face, já não era mais o Rodolfo, era um homem com cabelo curto, muito pálido, com olhos vermelhos e sem nariz, suas orelhas pontudas davam a impressão de demônio, o que ficou evidente ao ver os chifres que nasciam dos lados de sua cabeça, o tempo estava contra mim, e, ao tentar levantar eu apago.

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